O Nível do Meu Olhar

Para que continuar?
Para quê fingir?
Para que por reticencias,
no lugar de um ponto final?
Acordei de um coma,
um coma, onde só tu sorrias.
Um coma onde só tu tinhas o brilho.
E ao acordar percebi...
Que me esqueci do meu sorriso.
Do meu brilho, da minha felicidade.
E lamentavelmente ainda penso em ti,
mas felizmente,
Aprendi a gostar de estar acordada.
Acordada de ti!
Acordada da tua cobardia!
Chega de chorar por lágrimas,
que não param de sangrar.
Que não curam.
Chega de querer de ti.
Chega de cair por ti.
Chega de te amar.
Chega de me cansar!
Eu acordei das profundezas,
para te fazer sentar.
E para te ver assistir a minha vitória.
Eu tenho pena, que agora estejas de joelhos.
Tenho pena que agora de baixo,
Vejas a mulher que sou.
Mas preferiste assim...
Sempre levantas-te o nariz alto de mais.
Agora estás de cabeça baixa...
Sabes porque?
Porque nunca tiveste capacidade,
para ver ao nível do olhar.
Aí se distingue, o nosso carácter!
Eu continuo a olhar nesse nível.
E para minha sorte, e teu infeliz remorso...
Eu não te vejo!